Bem-Vindos ao Nobel Felipense.

Liberdade de Expressão e Democracia com respaldo no atual Art. 220º e § 2º da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.

sábado, 26 de maio de 2012

Vale Mais Ser Amado ou Temido na Política?

Nicolau Maquiavel (em italiano Niccolò Machiavelli; Florença, 3 de maio de 1469 — Florença, 21 de junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o Governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente. Desde as primeiras críticas, feitas postumamente por um cardeal inglês, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia (http://pt.wikipedia.org, 2012).

Já que começamos a falar em Maquiavel e não na mente "maquiavélica", então vos faço o seguinte questionamento: 

- Vale mais ser amado ou temido na Política (ou no Poder!)?

Segundo Nicolau Maquiavel no seu Livro “O Príncipe” o ideal é ser as duas coisas, mas como é difícil reunir as duas coisas, é muito mais seguro - quando uma delas tiver que faltar - ser temido do que amado.

Porque, dos homens em geral, se pode dizer o seguinte: que são ingratos, volúveis, fingidos e dissimulados, ávidos do ganho. E enquanto lhes fazeis bem, são todos vossos e oferecem-vos a família, os bens pessoais, a vida, os descendentes, desde que a necessidade esteja bem longe. Mas quando ela se avizinha, contra vós se revoltam. E aquele Príncipe (Político) que tiver confiado naquelas promessas, como fundamento do ser poder, encontrando-se desprovido de outras precauções, está perdido. É que as amizades que se adquirem através das riquezas, e não com grandeza e nobreza de carácter, compram-se, mas não se pode contar com elas nos momentos de adversidade.

Os homens sentem-se menos inibição em ofender alguém que se faça amar do que outro que se faça temer, porque a amizade implica um vínculo de obrigações, o qual, devido à maldade dos homens, em qualquer altura se rompe, conforme as conveniências. O temor, por seu turno, implica o medo de uma punição, que nunca mais se extingue.

No entanto, o Príncipe (ou Político) deve fazer-se temer, de modo que, senão conseguir obter a estima, também não concite o ódio.

Por isto, talvez seja desta maneira que muitos políticos ainda conseguem manterem-se até hoje no poder, através do princípio do medo descrito por Maquiavel no seu livro “O Príncipe”,  trata-se de uma clássica obra literária atemporal que ainda serve de “cartilha do poder” até os dias atuais. 

Alguma semelhança com o nosso quotidiano Imperialista não será mera coincidência com que escreveu Nicolau Maquiavel. Há sim, uma evidente indústria do medo instalada por cá, ela literalmente existe e alimenta os fatos e os desmandos vividos hoje em nossa terra, rincão este onde a injustiça e medo são os únicos poderes absolutos.

Ficamos todos com Amor e Paz em Pedra das Abelhas e a todos seus Filhos sejam eles onde estiverem.

(...)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Paraísos Fiscais


Da série “Filmes que NÃO gostaríamos de ver por aí”…

(...)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Não Mexe que Fede!


Mais um caso que ficou no esquecimento nacional, o caso PC ou Paulo César Farias, o ex-tesoureiro do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello (PRTB), foi assassinado no dia 23 de junho de 1996. Junto com ele foi morta a sua namorada, Suzana Marcolino, em circunstâncias que até hoje não foram desvendadas. Somente mais um de vários e infinitos casos da politica nacional.


Só para não esquecermos mesmo mais um caso da nossa "limpa" política nacional, o Srº Fernando Collor é Senador da República, ex-presidente submetido a um impeachment e cassado, mas ao que tudo indica será o próximo Presidente do Senado Federal. Sabem quem ele poderá substituir? O Srº Senador José "Vitalício" Sarney, este é mesmo para não esquecermos nunca! Parece até uma piada de mal gosto...

Até então qual o resultado deste duplo homicídio e outros que já foram destaque na mídia nacional? Até o momento? O resultado é nada! Como já sabemos continuaremos neste ritmo; aliás não vamos ser redundantes, pois a impunidade é apenas o pão nosso de cada dia. Já sabemos que estes fatos nunca foram, não são e nunca serão algo incomum na "Terras Brazilis".

Pois é, este país chama-se Brasil, sempre que há envolvimento de "Gente Grande" em qualquer situação ou circunstância, embora existam provas contundentes, câmeras a filmarem a reza antes de enfiarem o dinheiro do Diabo na mala, mesmo com dinheiro na cueca e pego no raio X do aeroporto, um mensalão esdrúxulo como o maior roubo da história deste país, mesmo com a mais cabível de todas as provas! Mas, se for contra "Gente Grande", no final tudo acaba em "Samba e Futebol", afinal estas características são as únicas que nos destacam no mundo à fora, somos o país onde tudo acaba em festa mesmo.

Vejamos só onde aqui ponto chegamos, durante a CPI do Carlinhos Cachoeira, um bicheiro contraventor federal que já envolveu meio-mundo de políticos do alto escalão brasileiro nas suas falcatruas e subornos, onde ficou evidente o envolvimento de Senadores, Deputados,  revista respaldada, Governadores em licitações fraudulentas ao longo de todas as investigações da PF, então aí vem os meios de comunicações nacional evidenciarem e destacarem como essência de tudo isto, a beleza da "Musa da CPI (a mulher do bandido)"! Claro, uma tentativa óbvia de desviar o foco das atenções que voltavam-se para o desmando da classe política nacional. Ou seja, somos tratados como verdadeiros parvos, sou da filosofia que uma bela mulher é o verdadeiro firmamento de uma dádiva na terra, mas agora, desfocalizar algo tão sinistro como o sucateamento de um país por aldrabões, e promovê-la a uma postulante de Musa Nacional, realmente somos tratados como uma bando de azêmolas neste país!

Depois então veio me uma pergunta: " Porque mulher de Traficante é Bandida Associada ao crime, e mulher de Ladrão de Paletó é 'Musa da CPI'? " Mais uma vez voltamos ao tratamento que o nosso país dar aos "Gente Grande", onde Bandido é adjetivado de Empresário, e as suas esposas são "Musas das CPI´s".

Pois é, aqui neste país "Não Mexe que Fede"!


(...)

A Honra e a Vergonha


A raiz e a origem dos sentimentos de honra e vergonha, inerentes a todo o homem que não é totalmente corrompido, e o supremo valor atribuído ao primeiro reside no que vem a seguir. O homem, por si só, consegue muito pouco e é um Robinson abandonado: apenas em comunidade com os outros ele é e consegue muito. Ele dá-se conta de tal situação a partir do momento em que a sua consciência começa, de algum modo, a desenvolver-se, e logo que nasce nele a aspiração por ser considerado um membro útil da sociedade, portanto, alguém capaz de cooperar como homem pleno e, por conseguinte, tendo o direito de participar das vantagens da comunidade humana. Ele consegue-o realizando, em primeiro lugar, aquilo que se exige e espera em geral de cada um, depois, realizando aquilo que se exige e espera dele na posição especial que ocupa. Mas logo ele reconhece que, nesse caso, o importante não é o que ele representa na sua própria opinião, mas na opinião dos outros.

Por conseguinte, tal é a origem da sua aspiração zelosa pela opinião favorável de outrem, e assim também surge o valor supremo nela depositada. Esses dois elementos aparecem na espontaneidade de um sentimento inato, chamado sentimento de honra e, de acordo com as circunstâncias, sentimento de pudor. É este que ruboriza as suas faces quando acredita ter subitamente perdido na opinião dos outros, mesmo sabendo-se inocente, e inclusive onde a falta apontada concerne apenas a uma obrigação relativa, ou seja, assumida arbitrariamente. Por outro lado, nada fortifica mais o seu ânimo de vida do que a certeza alcançada ou renovada da opinião favorável dos outros, porque ela lhe promete a proteção e a ajuda das forças reunidas do conjunto, que são uma muralha infinitamente maior contra os males da vida do que as suas próprias forças.

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

(...)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A vergonha de um nome e um passado

Da esquerda para a direita: Rainer Hoess, Monika Hertwig e Katrin Himmler, filhos ou netos de nazistas

Para os alemães que trazem na assinatura sobrenomes como Himmler, Goering e Goeth, que pertenceu a infames membros do Partido Nazista, a Segunda Guerra Mundial é ainda um assunto rodeado de traumas e um período obscuro nas memórias de família.

Rainer Hoess é neto de Rudolf Hoess, (que não deve ser confundido com o vice-líder nazista Rudolf Hess) primeiro comandante do campo de concentração de Auschwitz. Seu pai cresceu em uma vila anexa ao campo a pouca distância das câmaras de gás, onde brincava, junto com os irmãos, com brinquedos fabricados pelos prisioneiros.

Rainer se lembra quando sua mãe mostrou a ele, quando ele ainda era criança, um baú à prova de fogo, com uma grande suástica na tampa. No baú, muitas fotos de família mostrando seu pai, ainda criança, brincando com os irmãos nos jardins da casa onde moravam.

A avó de Rainer pedia aos filhos que lavassem os morangos que comiam. As frutas eram cultivadas no campo e, segundo a avó de Rainer, tinham o cheiro das cinzas dos fornos de Auschwitz.

"É difícil explicar a culpa, mesmo que não exista razão de eu sentir culpa. Mas eu ainda carrego isto, eu carrego a culpa em minha mente", contou Rainer Hoess.

"Também sinto vergonha, é claro, pelo que minha família, meu avô fez a milhares de outras famílias."

O pai, filho de Rudolf Hoess, nunca abandonou a ideologia nazista e Rainer perdeu o contato com ele.

Visita

Foi apenas depois dos 40 anos que ele finalmente visitou Auschwitz, para enfrentar "a realidade do horror e das mentiras que tive todos estes anos em minha família".

Ao ver a casa onde o pai passou a infância, Rainer conseguia apenas repetir a palavra "insanidade" e, no centro de visitantes, se encontrou com descendentes das vítimas de Auschwitz.

Muitos dos descendentes choraram ao contar suas histórias e uma jovem israelense não conseguia acreditar que Rainer tinha ido até o campo para falar com eles.

Enquanto ele falava de sua culpa e vergonha, um sobrevivente disse a Rainer que os familiares dos nazistas não devem ser culpados pelas atrocidades.

"Receber a aprovação de alguém que sobreviveu àqueles horrores e saber com certeza que não foi você, que você não fez aquilo. Pela primeira vez você não sente o medo ou vergonha, mas felicidade, alegria", disse.

Livro

Katrin Himmler resolveu escrever um livro para lidar com a culpa de ter Heinrich Himmler em sua família.

Himmler, um dos arquitetos do Holocausto, era tio-avô de Katrin. O avô e outro irmão também eram membros do Partido Nazista.

"É um fardo muito pesado ter alguém como ele na família, tão próximo. É algo que fica com você", disse.

Ela escreveu o livro The Himmler Brothers: A German Family History ("Os Irmãos Himmler: História de uma Família Alemã", em tradução livre), em uma tentativa de "trazer algo positivo" para o nome Himmler.

"Tentei da melhor forma me distanciar disto, enfrentar de forma crítica. Eu não preciso mais ficar envergonhada desta conexão de família."

Para Katrin, os descendentes de criminosos de guerra nazistas parecem ter duas opções extremas.

"A maioria decide cortar totalmente a relação com os pais, para que possam tocar suas vidas, para que a história não os destrua. Ou então optam pela lealdade e amor incondicionais, e limpar todas as coisas negativas."

Ela mesma pensou que tinha um bom relacionamento com o pai até que decidiu pesquisar o passado da família. Ele tinha muita dificuldade em falar do passado.

"Eu só entendi como era difícil para ele quando percebi o quanto era difícil para mim aceitar que minha própria avó era uma nazista."

"Eu a amava muito,(...) foi muito difícil quando encontrei as cartas dela e descobri que ela mantinha contato com os velhos nazistas e que ela enviou uma correspondência para um criminoso de guerra condenado à morte. Me deixou doente."

Lista de Schindler

Monika Hertwig é filha de Amon Goeth, o comandante sádico do campo de concentração de Plastow, interpretado pelo ator britânico Ralph Fiennes no filme A Lista de Schindler, de Steven Spielberg.

Ela era apenas um bebê quando Goeth foi julgado e condenado à morte. Monika foi criada pela mãe e, durante a infância, tinha uma visão distorcida do que acontecia em Plastow.

"Eu tinha esta imagem que criei (que) os judeus em Plastow e Amon eram uma família."

Quando era adolescente, ela questionou a mãe e foi chicoteada com um fio elétrico.

Apenas quando assistiu ao filme de Spielberg, Monika soube de todo o horror causado por seu pai e contou que "foi como ser atingida".

"Eu pensava que isto (o filme) tinha que parar, em algum momento eles tem que parar de atirar, pois se não pararem, vou enlouquecer aqui dentro deste cinema."

Ela saiu do cinema em choque.

Esterilização

Já Bettina Goering, sobrinha-neta de Hermann Goering, o primeiro na linha de poder do Partido Nazista depois de Adolf Hitler, optou por uma medida bem mais drástica para lidar com o legado de sua família.

Ela e o irmão optaram pela esterilização.

"Nós dois fizemos... para que não existam mais Goerings. Quando meu irmão fez, ele me disse: 'Cortei a linha'", explicou Bettina.

Perturbada pela semelhança com o tio-avô, ela deixou a Alemanha há mais de 30 anos e agora vive em um local remoto do Estado americano do Novo México.

"É mais fácil lidar com o passado de minha família à distância", disse.





(...)


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Yes, nós temos Máfias


 
Apesar de o crime organizado proliferar no Brasil, a lei atual ainda é confusa, e o Estado, fraco na sua repressão. Um problema que remete à formação da sociedade nacional.

Nos últimos anos, a opinião pública brasileira foi tomada de assalto por revelações bombásticas sobre relações íntimas e perigosas mantidas entre banqueiros, empresários, políticos, bicheiros, juízes, advogados, jornalistas, funcionários de Tribunais – enfim, a fina flor da sociedade. Banestado, “mensalão”, Marka/FonteSindam, bingos, Previdência, Telebrás, Vale do Rio Doce, Daniel Dantas, Carlinhos Cachoeira e vários Políticos Brasileiros...Os nomes se multiplicam e reverberam sem parar aquilo que todo mundo mais ou menos sabe: este é o país que reserva a impunidade aos “gente fina” (ainda que, ultimamente, a Polícia Federal tenha tentado mostrar que alguma coisa está mudando. Será?).

As evidências indicam que por trás de cada escândalo há uma organização estruturada, ancorada em gente situada em órgãos do Estado e amparada por pessoas que conhecem e manipulam a lei – sem dispensar, é claro, o recurso ao suborno. Ainda assim, tais esquemas não são comumente qualificados como articulações do crime organizado. Em geral, a mídia confunde “crime organizado” com organizações voltadas para o crime, incluindo até pequenos bandos que atuam em favelas. É uma confusão tão primária – e conveniente para os chefões das verdadeiras máfias – que até causa suspeitas.

A ação do crime organizado, tal como é entendida pelas instituições internacionais contemporâneas, incluindo os órgãos da Organização das Nações Unidas, pressupõe uma vasta rede de interesses econômicos, políticos e financeiros, que funciona com base na lavagem de dinheiro, da corrupção, do tráfico de influência e do assassinato. A dificuldade começa, no Brasil, pelo fato de a lei que trata do assunto (10.217/01) ser fraca, confusa e nada eficaz. Se é verdade que o seu texto distingue o crime organizado do promovido por associação criminosa ou bando, não vai muito além disso. A lei brasileira atual torna difícil reconhecer até mesmo o que é o crime organizado.

A Academia Nacional de Polícia Federal do Brasil enumera dez características do crime organizado: 1) planejamento empresarial; 2) antijuridicidade; 3) diversificação de área de atuação; 4) estabilidade dos seus integrantes; 5) cadeia de comando; 6) pluralidade de agentes; 7) compartimentação; 8) códigos de honra; 9) controle territorial; 10) fins lucrativos. “Curiosamente, a relação entre o crime organizado e o Estado é sempre apontada como uma de suas características pelas agências de combate ao crime do mundo, mas não no caso da PF brasileira”, observa Adriano Oliveira, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco.

É claro que a indefinição quanto ao combate ao crime organizado no Brasil remete a uma questão que não se esgota na esfera jurídica: reflete a própria natureza do Estado brasileiro e do processo histórico que o formou, baseado na manutenção de leis que tinham por objetivo preservar o poder de uma diminuta elite sobre a vasta maioria pobre. Esta é a raiz da impunidade dos ricos, cujos interesses privados sempre se impuseram ao próprio Estado.

As Máfias Tupiniquins só serão devidamente punidas quando o poder público finalmente se impuser à “casa-grande”.

Fonte: Srº José Arbex Jr. é jornalista, mestre em história, professor da PUC-SP e co-autor do livro O século do crime (Boitempo editorial).

(...)

A República dos meus sonhos

Alguns setores apostaram em suas utopias, outros, mais pragmáticos, agiram movidos por interesses bem objetivos, apenas emoldurados por um discurso.

Em artigo publicado na imprensa, Mendes Fradique, um humorista muito popular nos anos 20, brincava com a tradição pessimista brasileira de considerar que o país estava sempre à beira do abismo. Segundo ele, esse diagnóstico levou a várias tentativas de mudança, das quais as mais profundas se relacionaram com a troca de regime: de colônia para monarquia independente e de monarquia para República. No entanto, a República, que durante o Império foi tida como a solução para os problemas do país, depois de proclamada provocou a frase de um dos seus mais antigos defensores, Saldanha Marinho: “Essa não é a República dos meus sonhos”. 

De fato, por trás da mudança pela qual se empenharam os mais idealistas, agitavam-se os mesmos velhos interesses do grande capital fundiário e exportador de café. Era a economia que ditava a mudança. E os ideais de civis e militares foram o combustível para que o movimento deslanchasse em 15 de novembro de 1889. 

Outro ideal quase sempre associado ao sonho republicano, a federação, também se realizou com a proclamação da República. No entanto, um de seus maiores defensores, Rui Barbosa, poderia imitar Saldanha Marinho, dizendo: “Este não é federalismo dos meus sonhos”. Pois o sistema que, rompendo a tradição centralista da monarquia, deveria ser fator de progresso para as províncias, propiciou o abandono das regiões pobres do país ao poder discrionário de coronéis.

Fonte: Drª Isabel Lustosa é doutora em ciência política pelo Iuperj e pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa.

(...)

domingo, 20 de maio de 2012

Maravilhas Nordestinas



Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa - PB, 16 de junho de 1927) um defensor da cultura do Nordeste, é um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, autor dos célebres "Auto da Compadecida" e "A Pedra do Reino". É também romancista, poeta, filósofo e advogado.

Defensor militante da cultura brasileira, Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.

Frases de Ariano Suassuna:

"Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa".

"A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio."

"… que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos."

"Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas"

"O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso."


(...)