Bem-Vindos ao Nobel Felipense.

Liberdade de Expressão e Democracia com respaldo no atual Art. 220º e § 2º da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.

terça-feira, 29 de maio de 2012

O Povo Culto


De acordo com o Srº Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes', um filósofo, poeta e ensaísta português.

" ...Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem; dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão; dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.” 

Resumindo em poucas palavras o quê o grande escritor Português mencionou: 

O maior inimigo de um governo é um povo culto.

(...)

Duas vezes o "O Quinto dos Infernos"


Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.

Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção.

Essa taxação altíssima e absurda era denominada de "O Quinto", sendo um imposto que recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro do Brasil.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam "O Quinto dos Infernos".

E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.

A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".

Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira deverá chegar ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "Dois Quinto dos Infernos" de impostos. Vale lembrar que não somos mais colônia de nenhum Império, mas sim reféns de uma carga tributária que amordaça todos os cidadãos.

Essa alta carga tributária ainda é o reflexo de um sistema político arcaico e assistencialista, que usa da truculência dos impostos tributários para bancar os luxos de uma casta de corruptos com seus desvios de dinheiro público, mas para servi e combater os males da sociedade brasileira este dinheiro não possui nenhuma serventia social.

O Governo atual busca junto aos bancos influenciá-los cada vez a diminuição das taxas tributárias. Não há aqui nenhuma ação de bondade por parte dos nossos governantes, mas sim o cumprimento das suas funções, tendo em conta que foram eleitos através do povo e a ele devem satisfação e respeito.

Então? Acham que vivemos no país das Maravilhas? Onde é mais fácil acreditar do que pensar...

(...)

domingo, 27 de maio de 2012

A CPI do rabo preso


“ Quem é mesmo que manda em nosso país? No interesse de quem somos governados? De quantas formas somos engabelados, iludidos, trapaceados e prejudicados? Como será esse labirinto sombrio do poder daninho e da roubalheira, quantos minotauros vivem dentro dele? Acho que nós, o povo, jamais saberemos. Quem era que podia imaginar que o Senador Demóstenes Torres (ex-DEM) que ostentava a mais severa e austera catadura entre todos os seus pares, na imagem quase perfeita de um político virtuoso, um varão de Plutarco de nossa época, era moço de recados e ajudante de serviços gerais de uma quadrilha delinquente? E que havia tanta gente "conversável" em todos os órgãos do governo, de alto a baixo? É, talvez seja mesmo melhor não saber. E, pelo visto, concluir que o patriota em toda esta história está sendo Cachoeira, que, se abrir a boca, pode fazer enorme estrago na República. ”

Escrito por João Ubaldo Ribeiro, advogado, escritor, jornalista, roteirista e professor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras. É ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.

Fonte:  Jornal  ‘O Estado de São Paulo’ (http://www.estadao.com.br/)

(...)