Bem-Vindos ao Nobel Felipense.

Liberdade de Expressão e Democracia com respaldo no atual Art. 220º e § 2º da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Calendário de um Hipócrita


Não gostaria de escrever sobre datas, e o que representam. Se Natal é uma cidade, um nascimento ou o próprio renascimento, isso de certo é fruto da evolução e compreensão que cada um, da sua forma, acredita ser o melhor a acreditar.

O que acho é que sempre existem épocas aonde temos possibilidades de conviver melhor indiferentes das datas determinadas pelos calendários impostos pelos homens, por vezes estas datas são combustíveis que tantos necessitam para pulverizar hipocrisias e assim explorar da carência e ignorância das pessoas. Vejamos assim o vindouro 2012 que aproxima-se, época dos sufrágios municipais e muitas barbaridades morais por vir ainda, um cenário fértil e propício aos sanguessugas de plantão. Deveríamos esforçarmos-nos  mais para o dia a dia e não só quando as datas nos obrigam a sermos bons para com o próximo. Seria um bom momento, e quem sabe de alguma aprendizagem e reciclagem moral para uma boa parte da nossa classe dominante.

Sabemos que grande parte do que pensamos falha, ou seja, faz com que as justificativas fossem maiores do que os atos praticados diariamente. Muito normal, mas paramos um pouco e pensamos  acima dos valores óbvios que não garantiram satisfatoriamente os feitos, pois às vezes eles ofuscam o que realmente tem sentido como produção e resultados para a nossa vida e a vida de quem poderíamos sermos benevolentes.

Nossas realizações são comandadas pelo que acreditamos e o discernimento do quanto podemos sempre avançar, sendo este avanço para muitas pessoas motivos nada justos e muito menos corretos. Diante disso nosso trabalho, vidas e propósitos, nunca serão medidos pelos anos, pelos encerramentos, mas pela compreensão dos avanços que serão sempre evidentes pelos nossos atos, mesmo quando aparentemente não representam tanto no mundo daqueles que nos cobram. Ou seja, a satisfação alheia jamais será aquilo que desejamos para nós mesmos, de nada adianta uma vida que vive somente para agradar aos olhos dos outros. Digo a vós que uma vida que limita-se à cobrar dos outros, vive de forma tão abjeta que o suicídio o tangencia sazonalmente e sempre com o intuito que isto seja um dia concreto.


Não viva pelo último mês, pelo último dia, mas pelo entendimento de que o mundo brinda pelas oportunidades das datas próprias, datas indeterminadas e criadas por vós, aonde nossos desejos podem ser moldados, um pouco você, um pouco os outros, até que prevaleça do diferente, algo melhor, a ser selado com novos baptizados de energia e disposição pelas coisas que acreditamos.

Uma vida limitada e recheada de mediocridade existencial e sem propósito próprio não poderá agradar a nada e a ninguém. Viver é muito mais do que datas e aparências, é muito mais que reflexos fúteis, títulos recheadas de adjetivos chulos, massagens de egos paupérrimos, limitados diariamente a papéis sociais que em nada ajudam nada ou ninguém.

Possuímos sim o Dom da Complacência, uma disposição favorável em relação a alguém: demonstrar benevolência. Para esta prática tão cheia de brio não necessitamos de datas, posições sociais, condições financeiras favoráveis, ricos ou pobres, eleitores ou políticos, basta apenas e somente sermos justos, menos egoístas, largar as ambições desenfreadas e mais atitudes dignas e menos vaidades. Ou seja, o melhor é não nos espelharmos em determinados homens públicos locais ou castas dominantes que vivem literalmente assim e tão somente desta forma.

Amar é doar-se gratuitamente, é existir pelo propósito de fazer o bem ao próximo sem pedir reciprocidade em valores financeiros ou muito menos em enjaular eleitores em circos eleitorais.

Ficamos todos com Amor e Paz em Pedra das Abelhas e a todos seus Filhos sejam eles onde estiverem.




(...)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Último Discurso



Desculpe!
Não é esse o meu ofício.
Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja.
Gostaria de ajudar - se possível -
judeus, o gentio ... negros ... brancos.

Todos nós desejamos ajudar uns aos outros.
Os seres humanos são assim.
Desejamos viver para a felicidade do próximo -
não para o seu infortúnio.
Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros?
Neste mundo há espaço para todos.
A terra, que é boa e rica,
pode prover todas as nossas necessidades.


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma do homem ...
levantou no mundo as muralhas do ódio ...
e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.
A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.
Sem essas duas virtudes,
a vida será de violência e tudo será perdido.


A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes.
Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano.
Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo.
E assim, enquanto morrem os homens,
a liberdade nunca perecerá.


Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.


Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade!
No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós!
Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas.
O poder de criar felicidade!
Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ...
de fazê-la uma aventura maravilhosa.
Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ...
um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho,
que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.


É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós.
Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.


Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança.
Ergue os olhos, Hannah!
Ergue os olhos!


Charles Chaplin - o Gênio


(...)

Simplesmente Charles Chaplin


Sir Charles Spencer Chaplin, KBE, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16 de abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey[1], 25 de dezembro de 1977), foi um ator, diretor, produtor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão.

(...)