Bem-Vindos ao Nobel Felipense.

Liberdade de Expressão e Democracia com respaldo no atual Art. 220º e § 2º da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988.

sábado, 9 de junho de 2012

Enquanto isso...


E assim se faz justiça por aqui!

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Tempo

Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba.
Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! 
São as afeições como as vidas, que não hão-de mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito.
São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas.
Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho.
De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo.
Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge.
A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas.
Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor?
O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.

in "Amor menino", Padre Antônio Vieira

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Maravilhas de Portugal


Fernando António Nogueira Pessoa (Nasceu em Lisboa/Portugal, 13 de Junho de 1888 — Faleceu em Lisboa/Portugal, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".

Um legado nas palavras:

O Sonho é a Pior das Cocaínas,

“O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas. Assim se insinua nos hábitos com a facilidade que uma das outras não tem, se prova sem se querer, como um veneno dado. Não dói, não descora, não abate – mas a alma que dele usa fica incurável, porque não há maneira de se separar do seu veneno, que é ela mesma.”  in Livro do Desassossego

O Orgulho e a Vaidade,

“O orgulho é a consciência (certa ou errada) do nosso próprio mérito, a vaidade, a consciência (certa ou errada) da evidência do nosso próprio mérito para os outros. Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser ambas as coisas, vaidoso e orgulhoso, pode ser — pois tal é a natureza humana — vaidoso sem ser orgulhoso. É difícil à primeira vista compreender como podemos ter consciência da evidência do nosso mérito para os outros, sem a consciência do nosso próprio mérito. Se a natureza humana fosse racional, não haveria explicação alguma. Contudo, o homem vive a princípio uma vida exterior, e mais tarde uma interior; a noção de efeito precede, na evolução da mente, a noção de causa interior desse mesmo efeito. O homem prefere ser exaltado por aquilo que não é, a ser tido em menor conta por aquilo que é. É a vaidade em acção.”  in Da Literatura Européia

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A Beleza Expressa


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domingo, 3 de junho de 2012

Culturalmente Impossível


O Brasil a cada dia que passa nos impulsiona ao ridículo internacional, chegamos ao ponto de já superarmos tudo aquilo que foi dito a nível de corrupção neste país, nada é feito ou minimamente tentado em combater esse flagelo. Existe sim, apenas um nenhenhém nacional com função de “panos quentes”, uma tentativa óbvia de esconder os fatos e proporcionar um espetáculo circense aos olhos do povo.

Somos um país desacreditado em todas as suas esferas administrativas, um homem de bem já não se deixa mais enganar (pouquíssimos são eles vale salientar!), foi criado a cultura que o bonito de um cidadão é ele ser “esperto” e saber ganhar dinheiro, existindo assim uma pseudocultura onde ser honesto é ser otário do ponto de vista de uma grande maioria.

Vejamos os noticiários através dos jornais impressos e televisivos que nas suas raras vezes demonstram um ato de honestidade, por exemplo: um cidadão comum que age de forma honesta por encontrar uma quantia significativa de dinheiro em um banheiro de um aeroporto, rodoviária ou seja lá onde for, este cidadão devolve ao proprietário o tal dinheiro, logo imediatamente ele é taxado pela maioria dos leitores e telespectadores como um “otário” que encontrou determinada quantia e logo devolveu, pois naquele instante ele poderia ter mudado de vida e ter ficado com o dinheiro que não era seu, na visão popular dinheiro achado não é roubado, “Mané” foi quem perdeu! Analisando a ótica social, se “Mané” é quem perde e esperto é quem fica com o dinheiro alheio, então o que somos quando nosso dinheiro é desviado para cofres e contas privadas de políticos improbos? Pois o dinheiro não é deles, é nosso, o povo, sendo assim somos milhões de “Manés” nesse Brasil a fora? Vos faço então este questionamento!

Há uma cultura nacional de inversão dos valores morais que ditam as regras sociais e dos seus cidadãos. Ou seja, o que é certo é errado e o que é errado é o correto para a maioria dos cidadãos, prega-se inconscientemente e embutem na massa populacional que ser “esperto” é mais vantajoso em um mundo tão competitivo e capitalista, e os princípios de honestidade e plenitude sociais são coisas que já não valem e não dizem nada nos dias atuais, praticamente é papel de “otário” ser honesto no Brasil.

O pior ainda é que a grande maioria da população vive a louvar e a tratar seus próprios usurpadores como Semi-Deuses, político no Brasil ainda é tratado como celebridade e alguns eleitores aprofundados na sua ignorância até lagrimejam quando os veem pessoalmente. Devido a tal grau estupidez são totalmente incapazes de enxergarem que o mal atendimento em hospitais públicos com pessoas morrendo as portas e corredores como animais em matadouros, insegurança pública generalizada seguida de crimes hediondos todos os dias, farras e luxos com o dinheiro público e estradas federais que mais matam do que muitas guerras no mundo, entre outras algazarras infindáveis são obras dos seus Semi-Deuses políticos que vos tanto adoram. Desta forma não há dificuldades em perceber o fruto da somatória de inércia cívica com ignorância social, temos a corrupção como o resultado deste fatores, produto este de elevado poder letal e raíz de todos os malefícios de uma sociedade seja ela qual for.

Vale lembrar que estamos em 2012, ano de sufrágio eleitoral municipais, onde a maioria da classe política dos municípios brasileiros tratam como um ano de “Balcão de Negócios”, é permitido tudo desde que ajam benefícios próprios e o povo seja sempre tratado como “Gado Eleitoral”, e que tudo continue para o bem de alguns e flagelos da maioria.

É fundamental repensar alguns conceitos existentes e praticados por todos nós, talvez seja a hora de reavaliar o que acontece convosco na sua cidade e vida como cidadão se é o justo. Essa é a hora de observarmos se tudo isto é o melhor para a coletividade social, se toda esta conjuntura poderá garantir o futuro das gerações vindouras com respeito e dignidade mantendo os reais valores culturais de um povo probo.

Saibamos desde já que é possível ter consciência plena que tudo pode e deve ser mudado, possibilitando à todos os cidadãos dias melhores e menos vergonhoso como os que estamos a viver atualmente repletos de inversões de valores cívicos.

Ficamos todos com Amor e Paz em Pedra das Abelhas e a todos seus Filhos sejam eles onde estiverem.



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