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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um excelente disfarce para Narcisistas é a Política


De acordo com o psiquiatra argentino Hugo Marietán : "A política é um terreno em que os psicopatas se movem como ´peixes na água`.” Alguns especialistas concordam, embora com algumas raras exceções. A democracia de certa forma barra os psicopatas severos (Hitler entre outros assassinos), mas são comuns casos menos extremados, porém patológicos, de distúrbios narcisistas. Possuímos isto nos nossos políticos nacionais, é possível observar sintomas visíveis.

Contudo é verdade que a política e todas as atividades onde há exercício de poder são atrativas para estas personalidades doentias. E porque pesam dois fatores: o poder garante-lhes gratificação – por ir ao encontro da necessidade de controlar e ser admirado – por outro, saem-se bem no jogo político.

Personalidades narcísicas, com culpabilidade diminuída são mais comuns, mentem, enganam e manipulam todos ao seu redor. Na atividade política isto é o pão nosso de cada dia. Mas nem todo o político tem uma personalidade desviante e como também nunca foi encontrado um estereótipo psicológico entre quem exerce poder. Como tudo nesta vida nada é 100% bom ou 100% ruim, o céu e o inferno habita todos nós.

Mas, para muitos psicólogos o prognóstico é bem pior, é preciso separar duas formas de encarar o poder: como legitimidade de gestão e governo do outro. E o último registo, motivação dos narcisistas que alcançam cargos públicos, tende a dominar. A democracia protege-nos dos casos mais severos da psicopatia, mas para os narcísicos sutis acaba por ser um bom disfarce. Usam muito os moralismos e ideais próprios para justificar seus meios narcisistas de atingirem e se manterem no poder com longevidade.

Os narcisista possuem charmes de mais, vergonha de menos, sem diagnósticos particulares, mas reconhecemos que há casos de perturbações de personalidade hoje na política seja ela onde for, por exemplo figuras como o populistas Hugo Chávez (Presidente da Venezuela), e algumas vezes o ex-presidente Lula com seu Lulismo Popular e com algumas atitudes em busca constante do mediatismo. Mas, a própria psiquiatria é quem mais relativiza a questão: nem todo o narcisismo é negativo, alguns conseguem atingir pontos nas suas carreiras com auto-estima e determinação em chegar a determinados patamares com um narcisismo positivo. Já o ponto negativo é o narcisismo “de morte” de figuras como Hitler (Alemanha), Franco (Espanha), Stalin (ex-URSS), já em contra ponto temos o positivismo que é mais consistente com a equação política, de valorização das capacidades, e importante até para a definição de carisma, do político que mobiliza. Hoje literalmente não vemos líderes carismáticos, mas exemplos atuais de um protótipo máximo de culto da auto-imagem.

Os casos de ausência de vergonha, de quem é apanhado a mentir ou de quem se mantém em cargos públicos após condenações em tribunais de justiça por improbidades. O que está em questão não são os artifícios jurídicos, porque as pessoas sejam elas que forem têm o direito a defender-se através dos meios legais. O fato na realidade é não sentirem culpabilidade e vergonha. Alguém com alguma organização psicológica ou mais normal, não continuaria a aparecer e querer manter a sua visibilidade após casos desta natureza. O poder para o narcísico é uma forma de afirmar que não tem defeitos ou falhas. Uma falha de quem só tolera a perfeição é o descambar de tudo. Em vez de vergonha, tende a defender-se com arrogância.

Existe um charme superficial, estamos numa sociedade que valoriza o espetáculo, em que as características superficiais são as primeiras a ser avaliadas. É o caso da pessoa ser superficialmente charmosa, característica do narcisista ou do psicopata. É óbvio que na psicologia estes distúrbios têm vários graus, não falamos de assassinos em série. A política atrai personalidades que sentem que as suas características lhes dão vantagem na carreira. A paranóia é também um sinal, a pessoa narcísica desconfia dela própria.

A ganância pelo poder é patológico é a propensão sobretudo de quem não faz a transição para a vida madura e consciente. Existe uma ilusão de que caso se consiga governar os outros, talvez a própria vida tenha manejo, um pouco como a criança que só se sente segura quando os grandes estão convencidos de suas artes infantis. O narcisismo político tem a ver com a pessoa não se sentir suficientemente valorizada como pessoa, com seu verdadeiro “Eu”. Estas pessoas estão ligadas a muita insegurança pessoal, compensada por esta necessidade de estar acima dos outros.

O pior disto tudo no domínio da esfera pública, acaba por ser a impunidade. Uma sociedade passiva reflete também sobre o eleitorado que elege estes psicóticos. Deve haver maior sensibilidade de quem vota, as pessoas devem estar um pouco mais vigilantes ao fato de poderem ser manipuladas e enganadas, algo bastante comum no nosso país onde repete-se a cada ano eleitoral. Acabamos elegendo estas figuras pela superficialidade, e ainda permanece a impunidade, as expectativas de quem vota saem goradas ao longo de sucessivas eleições.

De acordo com as estatísticas a psicopatia tem uma incidência entre 1% a 2% na população, uma em cada 100 pessoas. Mas, vamos encontrar vários psicopatas ao longo da vida, seja na esfera pública com os políticos ou na vida privada. Nada disto é novo, parte da explicação para a entrega do poder a narcisistas acaba por ser o conformismo e a ignorância do povo.

São raros os narcisistas e mais ainda os psicopatas que procuram tratamento. Geralmente quando procuram é porque acham que os outros é que estão mal. Se um narcísico vive para provar aos outros que não tem falhas, isto é um reflexo direto de uma noção muitas vezes inconsciente de se ser uma porcaria como pessoa.

Para a psicologia, o mito de Narciso ainda serve de enquadramento e todo o narcisismo é patológico. Antes da ameaça, são por isso vítimas de outros e de si. Segundo a Mitologia Grega: “Narciso apaixonou-se pela própria imagem porque rejeitou e foi rejeitado por todos à sua volta. Não foi o objetivo dele, foi o último recurso.”

Um fato nisto tudo é inexorável e lógico: "Quanto mais narcisista é um político, maior é a sua incompetência administrativa."

Ficamos todos com Amor e Paz em Pedra das Abelhas e a todos seus Filhos sejam eles onde estiverem.

(...)

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