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sábado, 30 de junho de 2012

Esquecido no Brasil mas lembrado pelo mundo

Sérgio Vieira de Mello (Rio de Janeiro, 15 de março de 1948 — Bagdá, 19 de agosto de 2003) Embaixador Brasileiro, Comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por 34 anos e Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos desde 2002. Atuou em missões humanitárias no Líbano, Moçambique, Kosovo, Ruanda, Bangladesh, Sudão, Timor Leste, entre outras. Como funcionário da ONU morreu em Bagdá, juntamente com outras 21 pessoas, vítima de atentado atribuído (não comprovado) à Al Qaeda contra a sede local da ONU.

Sérgio era conhecido pelo seu carisma e obstinação. Mas a aversão a ostentação de bens materiais também fez parte da sua história. Ele fazia questão de mostrar-se igual aos mais humildes. Seu brilhantismo, sua ampla cultura, simpatia e desapego aos holofotes e bens materiais eram suas principais características, que somadas ao seu tipo pessoal atlético, tornaram-no um ícone entre as principais celebridades mundiais. Por duas vezes foi eleito o homem mais desejado e charmoso do mundo pelas revistas VOGUE e Vanity Affairs, mas não compareceu para receber os títulos. Em entrevista ao New York Times, humilde como sempre, comentou que as revistas haviam se enganado e disse que se ele tinha algo a receber, que fosse revertido para donativos aos refugiados do Iraque.

Sobre o livro de Samantha Power  “O Homem que queria Salvar Mundo”:

" Sérgio Vieira de Mello foi um dos mais corajosos e carismáticos diplomatas da sua geração. Muito jovem, entrou nas Nações Unidas, com cujos ideais sempre se identificou. Ao contrário da maioria dos seus colegas preferia estar em campo em vez de exercer cargos burocráticos em Nova Iorque. Em situações especialmente dramáticas – como a do Ruanda, que originou uma das mais graves crises humanitárias do século XX, e a de Timor-Lorosae, que culminou na transição para a independência –, Vieira de Mello conseguiu contrabalançar os seus princípios morais, moldados nas ruas de Paris em Maio de 1968, com os da política e das relações internacionais.

Esta fascinante personagem, já comparado a Bob Kennedy, é analisada a fundo nesta biografia de escrita por Samantha Power. Sem abandonar o espírito crítico, Power descreve a carreira de Vieira de Mello mostrando como a experiência do diplomata nos massacres da Bósnia e do Ruanda alteraram a sua visão do mundo. Ele, que achava possível transformar situações difíceis só pelo poder das ideias, passou a considerar também essencial, no limite, o uso de força militar para impor a paz. Foi assim que Vieira de Mello assumiu a difícil posição de chefe da missão da ONU no Iraque após a invasão americana.

Vieira de Mello não teve muito tempo para reverter a situação. Em 19 de Agosto de 2003, um atentado suicida destruiu parte do quartel-general da ONU em Bagdad, e ele foi uma das suas vítimas mortais. A sua história, no entanto, permanece como ponto fundamental no debate sobre o futuro da ONU e das relações internacionais. "

Fonte: http://www.washingtonpost.com/wpdyn/content/article/

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